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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Importa agradar a Deus, quê a homens

Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. Gálatas 01:10


Hoje passeando pela Bíblia encontrei essa passagem que tem muito, senão dizer, 'tudo' em verdade.
Comecei a me lembrar dos tempos passados em minha vida. Quando muitos batiam em minhas costas, dizendo-se meus amigos.
Em meio a copos de bebidas, cigarros, "chocarrices e glutonarias", como a Bíblia diz.
Durante esse tempo eu agradava a homens. Eu era então,  "a mina". Estava na crista da onda e eu achava que era aceita e me sentia "a tal".
Não entendia entretanto, o por que daquele vazio.
Porque eu tinha tudo, era popular, "querida" e aquele vazio não saía de mim.
Mas algo que eu não sabia muito bem definir o que era, apesar do vazio que habitava em mim, cuidava de mim, me protegia, me livrava da morte, me amava apesar do trapo que eu era.
Num dia feliz, encontrei Jesus, e foi aí que olhei para os lados e os amigos sumiram todos. Ninguém mais me batia nas costas e me chamava de, "a mina".
Contudo, não havia mais vazio algum dentro de mim. Eu fiquei preenchida por Jesus em minha vida.
Desde esse dia, não sinto medo do escuro, nem da solidão, porque mesmo que "meus pais me deixem, mesmo que amigos me traiam", como diz a canção, eu sei que não estou só, e o verdadeiro amigo está comigo para sempre.
"Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo"
Foi do meu passado que me lembrei ao ler essa passagem. Pra mim importa agradar ao Deus da minha salvação, do que a qualquer homem pelo qual eu aborreça a Verdade que é: "Cristo em mim, a Esperança da Glória", como ouví ontem através do Profeta Róger.
Quero com isso compartilhar com voces, e reinterar que, realmente importa agradar a Deus e não a homens; e que cada um de nós possamos, assim como o Apóstolo Paulo fala nessa passagem, sermos servos de Cristo, pois o Evangelho que nos foi anunciado, não o foi por homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
Que cada um de nós, possamos refletir juntos sobre isso, e não só isso, mas em toda a extensão do que fomos até agora, e do que podemos ser, firmados em Cristo Jesus!
Um dia lindo na Presença do Nosso Deus. Louvemos a Ele, porquê D'Ele, por Ele, para Ele, são TODAS as coisas.
Um beijo no coração de todos voces.
Valquíria Sapata

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Transpondo muralhas - A vida de Davi

“A coisa mais importante que uma pessoa pode fazer por outra é verificar o que existe de mais profundo no outro, despender tempo, e ter discernimento para ver o que há no interior do outro, quem a pessoa realmente é, e,então, reafirmar isso pelo reconhecimento e encorajamento” Martin Buber in p. 81

“O deserto ensinou Davi a ver beleza em toda parte. O deserto foi a escola que ensinou a Davi quanto à preciosidade da vida; por inicio das provações que ali viveu, Davi aprendeu a encontrou Deus em lugares onde antes jamais imaginaria. O deserto mergulhou Davi em belezas tão profundas que a pequenez de uma vingança pessoal se tornou impensável. O deserto treinou Davi em lealdade tão profunda que seria impossível a quebra de um juramento. O deserto mostrou a Davi a presença de Deus até mesmo numa lasca de rocha insignificante, para que nada, e evidentemente ninguém,viesse a ser tratado por ele com escárnio ou desdém” p. 109
“O moralismo é a morte da espiritualidade. É uma forma de encarar as coisas que coloca toda a ênfase no desempenho pessoal. Funciona a partir da convicção de que existe uma justiça nítida, que somos capazes de discernir, achar melhor e executar, em cada uma das diversas circunstancias. Isso coloca toda a carga da nossa espiritualidade naquilo que fazemos. Deus é marginalizado. O moralismo esmaga o nosso espírito. Nele não há misericórdia.” p. 135

“O deserto por si mesmo, nada faz acontecer, Davi e Saul estavam no deserto. Saul como perseguidor de Davi, obcecado em sua caçada, com a vida se resumindo a um desejo de matar. Entretanto, Davi corria para Deus e se encontrava em suas orações de refugio em Deus, maravilhado, tomado de gloria, desperto e aberto para o generoso amor de Deus, o Deus que nos faz bem com sua Palavra” p.112

“As historias do deserto são narrativas referentes a tentação e provação. O deserto é lugar de provação, o lugar da tentação. O deserto é selvagem. Nada nele é, por natureza, domado e domesticado. Os recursos da civilização a que estamos acostumados não se encontram ali, e a vida se resume inteiramente a sobrevivência” p.106
"Quando vivemos uma vida correta a nossa experiÊncia com Deus é compartilhada com as pessoas que conhecemos e que vimos a conhecer. Elas experimentam um pouco do experimentamos com Deus." p.145
Golias e Doegue, filisteus e amalequistas são explicitamente definidos como inimigos. Sabemos o que pretendem. Sabemos que neles não podemos confiar. Mas Abner e Joabe? Só porque eles acham que estão do nosso lado, achamos também que estejam. Mas essa conclusão não tem respaldo bíblico. Temos que estar atentos a Abner e Joabe. Pois os meios são importantes. A obra de Deus não pode ser realizada de outro modo senão pelos meios usados por Deus. Exploração de pessoas (Abner) e violência (Joabe) não são meios de Deus p.171
A extrema tentação pode ser uma traição.
Fazer coisa certa, mas sendo errônea a razão.
A força normal que foi dada ao pecado original.
Resultou , em nossas vidas, no pecado venial
T.S. Eliot

“Uzá ignorou (desafiou!) a orientação mosaica e substituiu-a pela ultima inovação tecnológica dos filisteus- uma carroça de bois, de preferência (1Sm 6). Uma carroça de bois bem projetada é inegavelmente mais eficiente para transportar a arca do que levitas. Mas também é impessoal- é a substituição de pessoas consagradas por uma maquina eficiente, o impessoal tomando lugar do pessoal. Uzá é o santo padroeiro daqueles que adotam a tecnologia sem qualquer analise, sem levar em conta a natureza do que é sagrado. Uzá estava encarregado (achava ele assim) de Deus e era sua intenção continuar no controle. A conseqüência desse tipo de vida é a morte, pois Deus não se deixa manejar. Não tomamos conta de Deus, é Deus quem toma conta de nós” p.195
Alexander Whyte sobre Mical: “aqueles que não ouvem, sempre menosprezam os que dançam” p.199
“Uma corrente com desvio de doutrina tem-se manifestado em nossos dias, dizendo que as orações de louvor têm preeminência sobre todas as outras. Isso não é verdade como também é altamente antibíblico. Na oração modelo que nos legou, Jesus nos preparou para pedirmos: no Pai Nosso, há seis petições e nenhum agradecimento” p. 205
“É preciso coragem, coragem imensa, para abandonar o controle, para abrir mão de nossa posição de prestígio tão recentemente conquistada, para largar nossos trabalhos e simplesmente sentar aos pés de Jesus” p. 213
“A história de Davi é uma história de evangelho, Deus fazendo por Davi o que Davi não poderia fazer por si mesmo. De um pecador salvo. É uma história que se completa com a de Jesus, que demonstra quem é Deus ao buscar o doente, o rejeitado e o perdido” p.266
“Em determinado dia, não temos a menor idéia do sentido de Deus para as nossas vidas e, no dia seguinte, já o temos. Pensávamos que Ele estivesse ausente, e Ele está bem presente. Porque nada foi dito, achamos que nada foi feito, mas muito se fez; só que de maneira sutil e silenciosa. É assim na ressurreição. E, muitas e muitas vezes, é assim na vida” p. 286

quinta-feira, 17 de junho de 2010

ATIRE O PRIMEIRO GESTO DE AMOR

ATIRE O PRIMEIRO GESTO DE AMOR; A PRIMEIRA MÃO ESTENDIDA; O PRIMEIRO  CARINHO; O PRIMEIRO ABRAÇO.
AO INVÉS DE ATIRAR PEDRAS, ATIRE O AMOR CONTIDO
SEJA O PRIMEIRO A ESTENDER A MÃO ÀQUELE QUE ESTÁ AFLITO,
SEJA O PRIMEIRO A INCLINAR O OUVIDO AO QUE ESTÁ A PONTO DE EXPLODIR SEM TER COM QUEM FALAR, COM QUEM CONTAR,
ESTENDA A MÃO AO QUE ESTÁ CAÍDO,
ATIRE SUA DISPOSIÇÃO, ATENÇÃO ÀQUELE QUE FOI ESQUECIDO, ÀQUELE QUE FOI CALUNIADO,
ATIRE O PRIMEIRO SORRISO, QUANDO PERCEBER A TRISTEZA OU DESAPONTAMENTO EM ALGUÉM,
SEJA O PRIMEIRO SAL, A PRIMEIRA LUZ A SE ACENDER EM MEIO A TREVAS,
SEJA O PRIMEIRO A PERDOAR, MAS O ÚLTIMO A JULGAR,
ESTENDA O PRIMEIRO COPO DÁGUA EM DIREÇÃO AO QUE ESTÁ PASSANDO PELO DESERTO,
MONTE A PRIMEIRA TENDA TAMBÉM A ELE, EM QUE SE DESCANSE E SE ENCONTRE ALÍ ALGUM REFRIGÉRIO,
AO INVÉS DE ATIRAR A PRIMEIRA PEDRA, ATIRE AMOR, GRAÇA, PERDÃO, COMPAIXÃO...
AFINAL, DECIDIDAMENTE NÃO FORAM PEDRAS QUE O SENHOR NOS MANDOU ATIRAR.
FIQUEM NA PAZ DO SENHOR JESUS E PENSEM NISSO...EU PENSEI...RSRS...
BJKS DA VAL!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O cálice dourado

Chamas saltam do monte. Almofadas de fumaça flutuam para o alto. Labaredas alaranjadas estalam e espocam.
Do meio da fogueira sai um grito – o protesto de um prisioneiro quando a porta da masmorra é fechada; o rugido de um leão quando sente o calor da floresta em chamas.
O grito de um filho perdido ao procurar seu pai.
- Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
As palavras ricocheteam de estrela para estrela, indo cair dentro da câmara do Rei. Mensageiras de sangrento campo de batalha, elas entram aos tropeções na presença do Rei. Feridas e quebradas, imploram ajuda, alívio.
Os soldados do Rei preparam-se para atacar. Montam seus corcéis e posicionam seus escudos. Desembainham as espadas.
Mas o rei está silencioso. Esta é a hora para a qual ele traçou seus planos. Ele sabe que curso sua ação tomará. Esteve à espera dessas palavras desde o princípio -desde que o primei­ro veneno foi contrabandeado reino adentro.
Esse veneno veio camuflado. Veio num cálice dourado de longa haste. Veio com sabor de fruta. Veio, não nas mãos de um rei, mas nas mãos de um príncipe – o príncipe das sombras.
Até aquele momento, não havia existido motivo para se
esconder no Jardim. O Rei caminhava com seus filhos e os filhos conheciam o seu Rei. Não havia segredos. Não havia sombras.
Então o príncipe das sombras entrou no Jardim. Ele teve de se esconder. Era feio demais, repulsivo demais. Crateras lhe desfiguravam o rosto. Por isso chegou na escuridão. Veio cingi­do de ébano. Estava completamente escondido; somente a sua voz podia ser ouvida.
- Prove-o – sussurrou ele, segurando o cálice diante dela.
- Tem a doçura da sabedoria.
A filha ouviu a voz e voltou-se. Estava intrigada. Seus olhos jamais haviam contemplado uma sombra. Havia algo tentador e atrativo na maneira como ele se escondia.
O Rei observava. Seu exército sabia que o príncipe das sombras não estaria à altura da sua poderosa legião. Ansiosa­mente, esperava a ordem de atacar.
Mas nenhuma ordem foi dada.
– A escolha é dela – instruiu o Rei. – Se ela nos procurar para ajudá-la, essa é a sua ordem de livrá-la. Se ela não nos procurar, se ela não me buscar, não interferiremos. A escolha é dela.
A filha fitou o cálice. Rubis engastados em filigranas de ouro convidavam ao toque. O vinho tentava-lhe o paladar. Ela esten­deu a mão, segurou o cálice e bebeu o veneno. Seus olhos jamais se dirigiram para o alto.
O veneno jorrou através dela, distorcendo-lhe a visão, defor­mando-lhe a pele, e contorcendo-lhe o coração. Ela pulou para dentro da sombra do príncipe.
De súbito, sentiu-se solitária. Teve saudades da intimidade que usufruia antes. Entretanto, em vez de retomar ao Rei, preferiu induzir outro a afastar-se dele. Ela tornou a encher o cálice e ofereceu-o ao filho.
Mais uma vez o exército colocou-se em posição de sentido.
Mais uma vez, ficou atento à ordem do Rei. As palavras dele foram as mesmas.
– Se ele me buscar, então corram para ele. Mas se não o fizer, não interfiram. A escolha é dele.
A filha colocou o cálice nas mãos do filho.
– Está tudo bem – assegurou ela. – É doce.
O filho viu o deleite que lhe dançava nos olhos. Atrás dela postava-se a silhueta de um vulto.
– Quem é ele? – perguntou o filho.
– Beba – insistiu ela. Sua voz estava enrouquecida de desejo.
O cálice estava frio contra os lábios de Adão. O líquido queimou-lhe a inocência.
– Mais – pediu ele passando o dedo pela borra no fundo e colocando-a na boca.
Os soldados fitaram seu Rei em busca de instruções. Os olhos dele estavam úmidos.
– Traga-me a sua espada! – O general desmontou e adian­tou-se rapidamente na direção do trono. Ele estendeu a lâmina desembainhada diante do Rei.
O Rei não a tomou, apenas tocou-a. Quando a ponta do seu dedo encontrou o cabo da espada, o ferro foi-se tornando ala­ranjado de calor. Foi ficando mais brilhante, mais brilhante até flamejar.
O general segurou a espada chamejante e esperou a ordem do Rei. Ela veio na forma de um decreto.
– As escolhas feitas por eles serão respeitadas. Onde houver veneno, haverá morte. Onde houver cálices, haverá fogo. Assim seja.
O general galopou ao Jardim e tomou seu posto junto ao portal. A espada chamejante proclamava que o reino da luz jamais seria novamente escurecido pelo passar de sombras. O Rei detestava as sombras. Detestava-as porque nas sombras os filhos não podiam ver seu Rei. O Rei detestava os cálices. Detestava-os porque eles faziam os filhos se esquecerem do Pai.
Mas do lado de fora do Jardim, o círculo da sombra amplia­va-se cada vez mais, e maior número de cálices vazios empor­calhavam o chão. Mais rostos ficavam desfigurados. Mais olhos viam distorcidamente. Mais almas eram deformadas. A pureza estava sendo esquecida e o Rei foi sendo perdido de vista por completo.     Ninguém se lembrava de que um dia havia existido um reino sem sombras.
Em suas mãos encontravam-se os cálices do egoísmo.
Em seus lábios estava a ladainha do mentiroso. “Prove, é doce.”
E, fiel às palavras do Rei, onde havia veneno, havia morte.
Onde havia cálices, havia fogo. Até o dia em que o Rei enviou o seu Príncipe.
O mesmo fogo que inflamava a espada agora acendeu uma pequena chama e a colocou no meio das sombras.
Sua chegada, como a do portador do cálice, não passou despercebida.
– Uma estrela! – foi como a sua vinda foi anunciada. ­Uma luz brilhante num céu escuro. – Um diamante reluzindo na imundície.
– Brilhe bastante, meu Filho – sussurrou o Rei.
Muitas vezes o cálice foi oferecido ao Príncipe da Luz. Muitas vezes ele veio nas mãos daqueles que haviam abandonado o Rei.
– Não quer experimentar só um pouquinho, meu amigo?­ Com angústia, Jesus fitava os olhos daqueles que procura­vam tentá-lo. Que veneno era esse que fazia o prisioneiro tentar matar aquele que o havia vindo libertar?
O cálice ainda trazia o gosto sedutor do poder e prazer prometidos. Mas para o Filho da Luz, seu odor era vil. A visão do cálice enraiveceu tanto o Príncipe que ele o derrubou da mão do tentador, e ficaram apenas os dois frente a frente, presos um ao outro por furioso olhar.
– Provarei o veneno – jurou o Filho do Rei. – Foi para isso que vim. Mas a hora será a que eu escolher.
Finalmente essa hora chegou. O Filho fez uma última visita ao Pai. Encontrou-se com ele em outro jardim. Um jardim de árvores retorcidas e solo pedregoso.
– Tem de ser desta forma?
-Sim,tem.
– Não existe outra pessoa que possa fazê-lo?
O Rei engoliu em seco.
– Ninguém além de você.
– Tenho de beber do cálice?
– Sim, meu Filho. O mesmo cálice.
O Rei fitou o Príncipe da Luz.
– A escuridão será enorme. Passou a mão sobre a face imaculada do seu Filho. – A dor será tremenda. Então se deteve e olhou seu reino escurecido. Quando ergueu o olhar, seus olhos estavam úmidos. – Mas não existe outra forma.
O Filho olhou para as estrelas ao ouvir a resposta. – Então, que assim seja feito.
Lentamente as palavras que matariam o Filho começaram a sair dos lábios do Pai.
“Hora da morte, momento do sacrifício, é a sua vez. Ensaiada milhões de vezes sobre altares falsos com falsos cordeiros; o momento da verdade chegou.
“Soldados, vocês pensam que o conduzem? Cordas, pensam que o prendem? Homens, pensam que o sentenciam? Ele não dá ouvidos aos seus comandos. Não recua diante dos seus açoites. É a minha voz que ele ouve. É a minha condenação que ele teme. E são as suas almas que ele salva.
“Oh, meu Filho, meu Filho. Erga os olhos para os céus e veja a minha face antes que eu a volte para o outro lado. Ouça a minha voz antes que eu a silencie. Ah, se eu pudesse salvá-lo e a eles. Mas eles não vêem e não ouvem.
“Os vivos precisam morrer a fim de que os moribundos possam viver. Chegou a hora de matar o Cordeiro.
“Eis aqui o cálice, meu Filho. O cálice de tristezas. O cálice do pecado.
“Bata com força, martelo! Seja fiel à sua tarefa. Que seu retinir seja ouvido através dos céus.
“Ergam-no, soldados. Ergam-no bem alto ao seu trono de misericórdia. Ergam-no ao seu patamar de morte. Ergam-no acima do povo que lhe amaldiçoa o nome.
“Agora mergulhem o lenho na terra. Mergulhem-no fundo no coração da humanidade. Fundo nas camadas do tempo passado. Fundo nas sementes do tempo futuro.
“Não há um anjo para salvar o meu Isaque? Não há uma mão para redimir o Redentor?
“Eis aqui o cálice, meu Filho. Beba-o sozinho.”
Deus teve ter chorado ao executar sua tarefa. Cada mentira, cada tentação, cada ato feito nas sombras estava naquele cálice.         Lentamente, abominavelmente foram absorvidos no corpo do Filho. O ato final da encarnação.
O Cordeiro Imaculado estava manchado. Chamas começa­ram a lamber-lhe os pés.
O Rei obedece ao seu próprio decreto. “Onde há veneno, haverá morte. Onde há cálices, haverá fogo.”
O Rei volta as costas ao seu Príncipe. A ira pura de um Pai que odeia o pecado recai sobre seu Filho que está cheio de pecado. O fogo o envolve. A sombra o esconde. O Filho procura o Pai, mas o Pai não pode ser visto.
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A sala do trono está escura e cavernosa. Os olhos do Rei estão cerrados. Ele está descansando.
Em seu sonho, ele está novamente no Jardim. A brisa da noite flutua através do rio enquanto os três caminham. Eles falam do Jardim – de como é, de como será.
– Pai… – começa a dizer o Filho. O Rei toca novamente a palavra. Pai. Pai. A palavra era uma flor, com a delicadeza de pétala, e contudo tão facilmente esmagada. Oh, como anelava por ouvir seus filhos chamarem-no de Pai novamente!
Um ruído o desperta bruscamente do sonho. Ele abre os olhos e vê um vulto transcendente cintilando no umbral da porta.
– Está consumado, Pai. Voltei para casa.

Capítulo 10 de ‘Seis Horas de uma Sexta-Feira’, de Max Lucado.


Fazer a diferença, ser luz aonde quer que formos

Essa história está também no TrueOrFiction, onde explica que o Joe Wright realizou essa oração, que foi escrita por Bob Russell, pastor da Igreja Cristã, em Kentucky. E no dia seguinte, 24/01/1996, essa história foi publicada no Kansas City Star.
A polêmica não parou por aí. Mais tarde, nesse mesmo ano, na Câmara do Colorado, o representante republicano Mark Paschall irritou os parlamentares, usando a oração de Joe Wright como a invocação. Alguns membros de lá também saíram em protestos.
Um Pastor de Coragem!!!
Interessante oração feita em Kansas na sessão de abertura do Senado deles. Parece que oração ainda chateia algumas pessoas. Quando pediram para o ministro Joe Wright abrir a nova sessão do Senado de Kansas, todos estavam esperando o tradicional discurso, mas isso foi o que eles ouviram:
“Pai celeste, nós estamos diante de Ti hoje para pedir Teu perdão e para buscar Tua direção e liderança.
Nós sabemos que Tua palavra diz, ‘Cuidado com aqueles que chamam o mal de bem,’ mas isto é exatamente o que temos feito.
Nós perdemos nosso equilíbrio espiritual e revertemos nossos valores.
Nós exploramos os pobres e chamamos isso de loteria.
Nós recompensamos preguiça e chamamos isso de bem-estar.
Nós cometemos aborto e chamamos isso de escolha.
Nós matamos os que são a favor do aborto e chamamos de justificável.
Nós negligenciamos a disciplina de nossos filhos e chamamos isso de construção de auto-estima.
Nós abusamos do poder e chamamos isso de política.
Nós invejamos as coisas dos outros e chamamos isso de ambição.
Nós poluímos o ar com coisas profanas e pornografia e chamamos isso de liberdade de expressão.
Nós ridicularizamos os valores dos nossos antepassados e chamamos isso de iluminismo.
Sonda-nos, oh, Deus, e conhece os nossos corações hoje; nos limpa de todo pecado e nos liberta.
Amém!”
A resposta foi imediata. Um número de legisladores saíram durante a oração em forma de protesto. Em 6 semanas, a igreja chamada Central Christian Church, onde o Rev. Wright é pastor, recebeu mais que 5.000 ligações e somente 47 foram negativas. A igreja agora está recebendo pedidos internacionais de cópias desta oração, como a Índia, África e Korea.
O comentarista Paul Harvey colocou essa oração no ar no seu programa de rádio ‘O Resto da História’, e recebeu o maior índice de ouvintes que o seu programa já teve.
Esse tipo de coisa me coloca a pensar. Quando pego o princípio exposto nessa história, vejo uma praticidade incrível em realmente viver o cristianismo em qualquer lugar que eu esteja. Mas até que ponto consigo viver isso? Consigo deixar o ‘eu’ de lado e viver o que Cristo deseja que eu viva? Nem sempre é fácil… mas sempre é necessário!